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 TEXTO: Marcos 10. 2 – 12.

2. E, aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher? 3. Ele lhes respondeu: Que vos ordenou Moisés? 4. Tornaram eles: Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar. 5. Mas Jesus lhes disse: Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento; 6. porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. 7. Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], 8. e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. 9. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. 10. Em casa, voltaram os discípulos a interrogá-lo sobre este assunto. 11. E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. 12. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.
Nos dias atuais, os valores da família como preceitua a Bíblia e também como reza a Constituição Federal, Capítulo 7, artigo 226, estão sendo deturpados, esquecidos e atropelados.
Também hoje, apregoa-se aos quatro cantos que o homem não precisa de ninguém, que deve se entregar aos princípios narcisistas que dizem que o indivíduo por si só se basta.
A verdade é que precisamos resgatar a família, precisamos nos levantar, defender a família, precisamos entender que no projeto divino, você foi feito para viver em família.
Para aprofundar um pouco mais esse entendimento, falaremos disto neste momento:
TRANSIÇÃO:
Você foi feito para viver em família, pois:
ARGUMENTAÇÃO:
1º) FAMÍLIA É PROJETO DE DEUS.
“Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.”
(vv 7-9)
Vemos nesta palavra a transcrição do que foi dito na lei dos antigos, nas primeiras ordenanças de Deus para seus servos, quando o SENHOR mandou que seus filhos desbravassem a terra, Sua criação.
Ou seja, desde os primórdios, Deus revela aos seus que o Seu projeto se revela através da família, ou seja, tendo a família como instrumento, como canal de benção para as nações, para os povos.
E neste texto que lemos, vemos que Jesus ordena de forma clara, para que seus filhos constituíssem famílias, clãs, que unidos seriam fortes, e suportariam todas as adversidades e lutas que poderiam surgir.
A família faz parte do projeto de Deus para a sua criação. Ela é um instrumento valioso na obra de Deus sobre a face da Terra.
O problema, é que maquinados e orquestrados por satanás, os seres humanos estão deixando esse projeto de lado, estão desvalorizando algo que para Deus é importante demais.
Como filhos de Deus, devemos retomar esta visão de que a FAMÍLIA É PROJETO DE DEUS, e desta forma, levarmos adiante este estandarte, desbravando as fronteiras, resgatando vidas para o SENHOR através da família.
Esse projeto de Deus é para a sua vida também, mas é para ser vivido de forma intensa, plena, feliz, honesta. Para compartilhar com as pessoas que Deus lhe concedeu como companheiros, como família.
Você foi feito para viver em família, pois para a sua vida, FAMÍLIA É PROJETO DE DEUS.
Você foi feito para viver em família, pois:
2º) É EM FAMÍLIA QUE SOMOS COMPLETOS.
“serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.” (v 8)
Outra verdade que justifica sua existência em família, é que só em família você é completo, ou seja, só em família você alcança sua plenitude, alcança todo seu potencial, se torna um poderoso instrumento nas mãos de Deus.
Jesus ressalta o plano de Deus, para que o homem não seja só, pelo contrário, seja unido a uma auxiliadora idônea, como relata o escritor em Gênesis: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. (Gn. 2. 18).
O ser humano só é completo quando está unido a sua família. O homem só é completo quando está unido a sua esposa, a mulher só é completa quando está unido ao seu esposo.
Jesus ressalta que ao encontrar seu cônjuge, o indivíduo passa a ser uma só carne com essa pessoa, completando-se, fortalecendo-se, alcançado seu potencial máximo.
Há muitas pessoas que contrariam essa ideia, muitos baseados inclusive numa interpretação errônea do Apóstolo Paulo, em I Coríntios 7, sem buscar conhecer e respeitar o contexto no qual o texto foi escrito, com muitas perseguições, necessidade de agilidade para a divulgação do evangelho, e a necessidade de disposição de tempo e recursos para atuar na causa.
A verdade é, que quando o homem e a mulher vivem em família, eles refletem a vontade de Deus para o mundo, simbolizando a união de Cristo com a sua Igreja, do noivo com a noiva, das núpcias celestiais.
Mesmo que não seja em matrimonio, ainda sim, é necessário que o individuo conviva com os seus, com seus parentes, com os seus consanguíneos, com as pessoas ligadas afetivamente e historicamente a ela.
É como diz Eclesiastes 4. 9 – 12: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. 11 Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”.
Se você quer sentir-se completo, busque o convívio em família, só assim você vencerá a solidão e viverá plenamente.
Você foi feito para viver em família, pois:
3º) É EM FAMÍLIA QUE SOMOS FELIZES.
Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento....E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério. (VV 5; 11 e 12)
A última justificativa para entendermos que fomos feitos para viver em família, é que somente somos verdadeiramente felizes, quando cultivamos a família, o ambiente familiar, e a estrutura familiar.
Jesus ressalta que dissolver a família é uma atitude de rebeldia, de dureza de coração, que consiste em pecado, e daí surge uma pergunta: quem consegue ser feliz assim? Quem consegue se sentir bem em rebeldia com Deus?
Como sabemos, família é projeto divino, é do coração de Deus, e dissolve-la, maltrata-la, descuidar-se dela, é algo que foge da vontade do SENHOR.
Devemos lutar pela união e a força da família, devemos nos envolver para que não somente a nossa casa, mas as outras diversas casas ao nosso redor estejam bem.
Não adianta somente a nossa casa estar bem, pois como já sabemos, não somos felizes sozinhos. Nossa casa deve estar bem, mas a casa de nossos amigos, vizinhos e parentes devem estar bem também, e nosso esforço é imprescindível para isso.
Faz parte da nossa missão neste mundo, do cumprimento da vontade de Deus, que nós batalhemos pela vitória da família. O diabo tentará a todo custo derrubar a família, porém cabe a nós lutarmos, e pelo poder de Cristo vencer todo mal contra as famílias.
A vitória é nossa, Cristo já nos garantiu, tomemos posse desta vitória e caminhemos felizes em família, Deus é por nós!
CONCLUSÃO:
Fica claro para nós, que o SENHOR ama a família, amemos nós também esse projeto de Deus, lutemos por ela e sejamos felizes dentro dela.

Em Cristo.
Soli Deo gloria.
Rev. José Ricardo Capelari
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TEXTO: Jó 1. 1 – 5.
1. Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. 2. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3. Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente. 4. Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. 5. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
Apesar da tragédia que marca a história desta família (Jó 1. 18 e 19), vemos que enquanto puderam, eles viveram felizes. Na realidade, não podemos deixar que os fatos que ocorreram, ofusquem nossa visão quanto à benção que era essa família. Os poucos relatos que temos da família de Jó, nos mostram o quanto essa família era unida, feliz e também, diferente de outras famílias da história bíblica. Eles se cuidavam, se abençoavam, se completavam como família.Os irmãos homens, cuidavam das irmãs mulheres, as incluíam em seu meio social, fazendo com que ninguém ficasse de fora das bênçãos e das alegrias daquele núcleo família. Porém, não foi somente isso que fazia daquela família uma família feliz, pelo contrário, alguns detalhes, alguns ensinamentos surgem para explicar o sucesso desta família, e é sobre isso que falaremos neste momento, tirando um exemplo para nossa família.
O que uma família precisa para ser feliz?
Para ser feliz, uma família precisa de:
1º) BOM AMBIENTE FAMILIAR.
Um bom ambiente é imprescindível para que uma família seja feliz. Não tem como manter a harmonia, a paz, a tranquilidade e o prazer de estar dentro do lar, se neste lugar não tiver um bom ambiente. Ao olharmos o relato do cotidiano dos filhos de Jó, podemos perceber que este bom ambiente havia no seio desta família. Observe o relato: “Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles”. (v. 4) Ao fazer esse comentário, o escritor do livro de Jó, se preocupa em relatar o quanto o ambiente familiar era saudável entre eles, isso para justificar que não haviam motivos para os mesmo serem vítimas do acidente que os vitimou, e também para dizer o quanto essa família era feliz. Se temos o desejo de aperfeiçoarmos nossa família, de termos uma família, um lar feliz, precisamos produzir um ambiente feliz, ou seja, devemos proporcionar paz, tranquilidade, segurança para os nossos familiares. Cabe a cada um de nós, contribuir para que o ambiente em nossas casas seja o melhor possível, para isso, precisamos ser cordiais, amáveis, educados, sinceros, apaziguadores, assumindo a responsabilidade de que nossa casa seja feliz.
Para ser feliz, uma família precisa de:
2º) DEVOÇÃO E TEMOR A DEUS.
Outro princípio que leva felicidade a uma família é o princípio da devoção e temor a Deus. Uma família aos pés do SENHOR é uma família feliz. Este princípio é observado na família de Jó, vejamos o relato: “Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles”. (v.5) Jó sabia que na busca de um bom ambiente, seus filhos as vezes poderiam cometer excessos, poderiam extrapolar nas comemorações, poderiam agir de forma incoerente com sua religião, sua crença. Sendo assim, Jó observava o ritual de purificação para a sua família, proporcionando para eles não somente um bom ambiente, mas também um ambiente santificado, demonstrando sua devoção e o seu temor ao SENHOR. Essa busca de santidade deve ser percebida em nossas casas também, esse anseio pela presença de Deus deve existir em nossos lares, a presença do SENHOR deve ser percebida em nossos lares. Precisamos também ter o temor do SENHOR em nossas vidas, para que detalhes menores, ou pecados de menores proporções sejam percebidos, e assim, sejam confessados e perdoados por Deus. Jó demonstra essa preocupação, esse temor, como podemos observar nessa sequencia, ”pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente”. Talvez seus filhos nem tivesse se excedido, nem tivesse pecado, mesmo assim, Jó como patriarca, como responsável por sua família, se adiantava em confessar e sacrificar diante de Deus, expressando sua devoção e seu temor. Nós também precisamos orar por nossas famílias, cuidar da harmonia espiritual de nosso lar, orando por nossos cônjuges, nossos filhos, netos, parentes e até amigo, observando a prática devocional da intercessão. Cabe a cada um de nós, expressarmos devoção e temor de Deus, sendo exemplos, suporte e apoio de nossa família, buscando na devoção e no temor do SENHOR o sucesso e a felicidade do nosso lar.
Para ser feliz uma família precisa de:
3º) VALORES ETERNOS DO REINO.
Outro princípio importante para fazer uma família feliz, é conservar e praticar os valores eternos do Reino, ou seja, é viver dentro de nossas casas como cidadãos dos céus, como eleitos em Cristo, como salvos no SENHOR. Na família de Jó vemos estampado também esse princípio, pois a atitude destas pessoas demonstravam seus princípio e seus valores, vejamos o que a palavra nos diz: “Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente”. (vv 4 e 5). Essa vida comunitária, essa inclusão daqueles que eram naturalmente excluídos, aqui nesse caso, as suas três irmãs, essa vida devocional e feliz, tudo isso é um reflexo do que nos aguarda no céu. Nossa vida deve ser assim, um prenuncio do que está por vir, nosso louvor, nossa adoração, deve ser um sinal do que irá acontecer na eternidade, e isso deve ser uma verdade também na vida do nosso lar, na nossa casa. Nossa convivência com nossos amados, com as pessoas que dividem o mesmo teto conosco, deve ser assim, um prenuncio da eternidade, uma anuncio do Reino de Deus. Essa conduta, essa convivência nos leva a testemunhar do amor de Cristo, da sua graça, do seu poder, fazendo com que outras famílias encontrem o caminho de graça do SENHOR. Nossa casa deve ser exemplo de valores para outras famílias neste mundo. A partir de nossa casa, outras pessoas podem ser salvas, podem encontra o caminho, podem aprender a serem felizes. Nossa família deve promover a paz, os bons costumes, a resistência a toda essa brutalidade e violência que existe por ai, deve ser manter casta, pura, longe desta mundanização, dessa secularização da família. Uma família feliz é uma família que vive valores do Reino de Deus em suas vidas.  
CONCLUSÃO:
Apesar de toda a tragédia ocorrida com a família de Jó, podemos tirar dela essas lições maravilhosas, e a partir daí, vivermos como uma família santa e feliz. Busque viver cada dia mais desta maneira e você verá sua família prosperar, alcançando um presente e um futuro feliz.

Em Cristo.
Soli Deo gloria.
Rev. José Ricardo Capelari.


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TEMA: REFORMA PROTESTANTE.
TÍTULO: 5 Sola – A base da Reforma Protestante!
TEXTO: Romanos 1. 16 – 17.
PROPOSIÇÃO: Resgatar os valores da Reforma Protestante.

INTRODUÇÃO:
A Reforma protestante está comemorando 492 anos hoje 31/10/09, ou seja, ela teve seu início em 31/10/1517 na Alemanha, mais precisamente em Wittenberg com o monge alemão Martinho Lutero.
A Reforma Protestante ao contrário do que muitos pensam, não foi um movimento para iniciar uma nova denominação ou ramo religioso, mas foi sim, como diz o nome, um movimento que procurou reformar a Igreja existente, resgatando dentro desta os verdadeiros valores da palavra de Deus.
Lutero desejava uma restauração a Igreja, pois a mesma se encontrava fora dos caminhos divinos, vendendo indulgências e vivendo uma vida pagã, por conta disso, ele elaborou 95 teses que condenavam a avareza e o paganismo, e que convidavam a um debate teológico sobre a venda das indulgências.
Esse foi o estopim da reforma, pois foi a partir deste evento que todo o movimento se expandiu, e o resgate da vida pela fé e não pelas obras começou, cabendo aqui a releitura de Romanos 1. 17: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”.
A Reforma restabeleceu princípios, pelos quais todos os cristãos devem lutar e viver, e é sobre estes princípios que quero tratar neste momento, sobre os cinco “SOLAS” da Reforma, e o que eles implicam em nossas vidas hoje.
TRANSIÇÃO:
O principio Reformado resgata o:
ARGUMENTAÇÃO:
1º) SOLA SCRIPTURA – Somente a Escritura.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. (II Timóteo 3. 16 e 17).
Cremos na Bíblia como nossa única fonte de fé e prática, e este é um legado da Reforma. Porém nem sempre foi assim. Na tradição católica, de onde derivamos, e da qual participamos até o século XVI tem um entendimento diferente quanto à escritura.
Na tradição católica, a Bíblia deveria ser interpretada pelos padres da Igreja, e creio que ainda hoje existem pessoas que pensam e creem assim, ou seja, o povo não deveria ter acesso às escrituras. Outro grave erro, é que a tradição católica é uma fonte de fé, assim como os ensinos da Igreja, as cartas papais, etc.
Esse pensamento diminui o valor da palavra, afasta o povo da verdade, e impede que vidas sejam libertas pelo poder bíblico, como diz João 8. 32: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Hoje, infelizmente vejo um novo afastamento das pessoas da palavra de Deus, onde mais se valorizam a experiências pessoais, as revelações humanas que afagam e vivificam a carne, caminhando contra o principio reformado da primazia das Escrituras, da “norma normanda”, ou seja, a “norma determinante”, a lei que sempre devemos seguir.
Gosto muito de uma frase do Dr. Paulo Romeiro que diz: “A Igreja não precisa de uma nova revelação, mas de iluminação para entender o que foi revelado nas Escrituras”.
Que essa possa ser a nossa realidade, nossa busca, nossa diretriz quando falamos da Bíblia Sagrada, que ela seja a norma determinante de nossas vidas, e que possamos usufruir plenamente da liberdade que temos de poder acessar as Escrituras sagradas.
O principio Reformado resgata o:
2º) SOLA GRATIA – Somente a Graça.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. (Ef. 2. 8 e 9).
Outro principio Reformado é o da vida pela Graça, sem méritos humanos, sem esforços pessoais, sem merecimento de nada, somente a vida pelo que Deus nos dá, pelo Seu puro e grande amor.
SOLA GRATIA é saber que é Deus em Cristo que nos salva, é Ele que nos amou primeiro, é Ele que nos regenera, é ele que nos tira do tempo ao seu tempo, para nos conduzir a sua eternidade.
Não adianta inventarmos artifícios, não adianta tentarmos soluções temporais, é somente pela graça divina que somos capacitados a viver conforme a vontade de Deus.
É como diz nosso texto: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. (Ef. 2. 8 e 9).
Vemos hoje as religiões tentando criar maneiras de aproximar o homem de Deus e assim obter o Seu Santo favor. São rezas, orações fortes, amuletos, receitas, que de nada servem, pois não são capazes de “estimular” a graça vinda de Deus.
Não adianta boas obras, não adianta exigências, não adianta determinação, se não houver primeiro a manifestação da graça de Deus, por isso ainda hoje, precisamos resgatar o principio da SOLA GRATIA – Ação amorosa de Deus na vida dos que são chamados para serem dEle.
O principio Reformado resgata o:
3º) SOLA FIDE – Somente a Fé.
“visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. (Romanos 1. 17).
O Apóstolo Paulo citando Habacuque 2.4 afirma: “O justo viverá por fé”. Lutero nas suas 95 teses usa como base esse princípio, de que o homem de Deus deve viver por meio de sua fé e não de suas obras, sendo que não há como comprar o favor divino.
Essa fé não é fruto humano, desenvolvida com métodos sistemáticos surgidos dentro de uma sala, ou de um princípio terreno, mas é uma fé vinda de Deus e que aponta para a obra expiatória de Jesus Cristo na cruz do calvário.
Ou seja, afirma que aquele que crê que Jesus é o Cristo, creu porque Deus lhe deu essa graça, e por essa graça, através dessa crença, dessa fé, é salvo dos pecados, e da condenação que receberia por causa dos pecados; pela fé, aquele que crê compreende o sacrifício do Filho de Deus e os méritos, a retidão de Jesus Cristo é aplicada a esse pecador que crê.
Assim deve ser conosco hoje, uma vida pautada na fé em Jesus Cristo, essa fé desperta em nós outras virtudes espirituais, dado a confiança que temos na ação do Messias, como por exemplo: paciência, benignidade, domínio próprio.
Não adianta buscarmos soluções paliativas para nossos problemas, precisamos desenvolver a fé em Jesus Cristo, crer na sua ação, confiar e viver por sua graça, e assim vivermos não pelo que se vê, pois a fé a certeza dos fatos que não se veem.
E esta nossa fé para a salvação deve ser  única e exclusiva na pessoa de Cristo, não no pastor, na instituição, nos sinais, nas virtudes, mas sim em Jesus, nosso único e suficiente salvador.
O principio Reformado resgata o:
4º) SOLUS CHRISTUS – Somente Cristo.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai”. (João 14. 6).
Dentro de uma religião que se diz cristã, SOLUS CHRISTUS deveria ser regra, padrão, porém nos dias atuais não é bem isto que acontece, como não era no século XVI e anteriores.
A Igreja medieval bem como a Igreja católica atual, creem num Cristo submisso, mas não a vontade de Deus, como diz o ditado: “peça à mãe que o filho atende”.
Mas não são somente os católicos que distorcem a visão sobre Cristo, mas muitos pseudos cristãos também colocam Jesus num segundo plano, para evidenciarem seus ministérios, seus poderes, seus sucessos, enquanto crescem Cristo diminui.
Num mundo tão secularizado e com tantos caminhos e peregrinações, precisamos reafirmar: SOLO CHRISTI – Só Jesus é o caminho que leva a Deus! Não é o pastor que leva a Deus; não é o dízimo que leva a Deus; não são os dons manifestos que levam a Deus – isto tudo é conseqüência de uma vida com Cristo, mas somente Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida! Só Jesus leva até Deus.   
O principio Reformado resgata o:
5º) SOLI DEO GLORIA – Somente a Deus Glória.
Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5. 16).
Alguém deve se lembrar dessa pergunta é a primeira pergunta do Breve Catecismo: “qual o fim principal do homem?”. A resposta: “Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.”.
A palavra ‘fim’ não quer dizer que o homem irá glorificar a Deus no final de sua vida; significa que o objetivo principal da existência do homem é glorificar a Deus.
Em um mundo tão hedonista, egoísta, amante de si próprio, pregar que a glória somente deve ser dada a Deus está se tornando algo destoante, sem vez, utópico.
Ministérios e Igrejas hoje são formadas para glorificar seus fundadores, é comum observar placas que dizem: “Igreja tal, ministério Fulano de tal”. Isto é a evidência clara da busca louca do ser humano por glória, reconhecimento, prazer pessoal.
Nossa busca deve consistir sempre em buscar a glória total a Deus, nossa luz deve apontar para a Luz maior, que é Jesus Cristo. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
CONCLUSÃO:
Devemos resgatar hoje o lema dito pelo reformado holandês Gisbertus Voetius: Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est” (Igreja Reformada Sempre se Reformando). Assim viveremos os valores defendidos pelos antepassados, brilhando a luz de Cristo no presente, rumando para a Canaã celestial.

Sola fide; Sola Scriptura; Sola Gratia, Solus Christus; Soli Deo Gloria!
Rev. José Ricardo Capelari.

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